quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Refeições medicinais para os dias de abstinência!

Fatos firmados
- Quanto mais precoce e rápido for o aporte de comida e líquidos, mais rápida será a recuperação do viciado que está cruzando os perigosos momentos da síndrome de abstinência .
- Quanto maior for a quantidade de líquidos e comida aportando no organismo do viciado combalido pelo stress da síndrome de abstinência, menos intensos serão os sintomas desta síndrome.
- A boa hidratação e o aporte energético de comida respondem na íntegra, pela recuperação do viciado em fase de abstinência.
- Se o viciado, em fase de abstinência e conscientemente lúcido puder engolir, sem problemas, sólidos e líquidos, aconselhamos o uso das receitas energéticas abaixo relacionadas:...
 
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domingo, 10 de outubro de 2010

Estudo identifica o perfil dos usuários de crack no País!

O Ministério da Saúde informou que pretende divulgar até o início de 2011 os resultados de um estudo que vai identificar o perfil dos usuários de crack. A pesquisa está sendo feita nas cidades de Salvador, Rio de Janeiro e Macaé (RJ). O objetivo é direcionar de forma mais eficiente as ações do Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, que recebe R$ 140,9 milhões em verbas federais.As três cidades foram escolhidas porque são alvo de ações de combate ao problema, promovidas pela Universidade Federal da Bahia e Universidade Federal do Rio de Janeiro. O governo da Bahia afirma que 80% dos homicídios registrados no Estado tem relação com o tráfico da droga.O levantamento está dividido em seis partes, que incluem a coleta de dados sobre moradia, idade e sexo de pessoas que usam crack, além de comportamentos de risco para doenças sexualmente transmissíveis, como hepatite e aids. Outro aspecto analisado é o tipo de serviço público procurado por quem deseja abandonar o vício.Segundo especialistas, o baixo preço - com R$ 0,50 é possível comprar uma pedra - aliado à rapidez das sensações que provoca ajudam a explicar a procura pela droga.

O crack em São Paulo: histórico e perspectivas!

O artigo de Marcelo Ribeiro foi publicado na edição nº3 da Revista Debates, produzida bimestralmente pela Associação Brasileira de Psiquiatria.Vinte anos após sua chegada, o consumo de crack continua a aumentar em São Paulo (Oliveira & Nappo, 2008). A primeira apreensão desse derivado da cocaína na cidade de São Paulo aconteceu em 1990, registrada nos arquivos da Divisão de Investigações sobre Entorpecentes (DISE) (Uchôa, 1996). Sete anos depois, o volume de apreensões de crack aumentou 166 vezes, e de pasta básica, 5,2 vezes, ambas para a região sudeste (Procópio, 1999). A cidade de São Paulo foi a mais atingida. Algumas evidências apontam para o surgimento da substância em bairros da Zona Leste da cidade (São Mateus, Cidade Tiradentes e Itaim Paulista), para em seguida alcançar a região da Estação da Luz (conhecida como “Cracolândia”), no centro (Uchôa, 1996). A partir daí, espalhou-se para vários pontos da cidade e do Estado (Duailibi et al, 2008).Levantamentos epidemiológicos não detectavam a presença do crack antes de 1989 – tomando os meninos em situação de rua como exemplo, não havia relato de consumo até o referido ano. Em 1993, no entanto, o uso em vida atingiu 36% e, em 1997, 46% (Noto et al, 1998). Os serviços ambulatoriais especializados começaram a sentir o impacto do crescimento do consumo a partir do início dos anos 90, quando, em alguns, a proporção de usuários de crack pulou de 17% (1990) para 64% (1994), entre os dependentes de cocaína que buscavam tratamento (Dunn et al, 1996), atingindo níveis superiores a 70%.Inicialmente, o consumo da substância atingiu uma faixa de usuários atraídos pelo preço reduzido em relação à cocaína, outros em busca de efeitos mais intensos para a mesma e, por fim, uma parte dos adeptos do uso injetável de cocaína abandonou essa via de administração com receio da contaminação pelo HIV, escolhendo o crack como alternativa (Dunn & Laranjeira, 1999). A primeira investigação sobre o consumo de crack no Brasil foi um estudo etnográfico realizado no município de São Paulo, com 25 usuários vivendo na comunidade (Nappo et al, 1994). Os autores relataram que o aparecimento da substância e a popularização do consumo tiveram início a partir de 1989. Perfil dos pesquisados: homens, menores de 30 anos, desempregados, com baixa escolaridade e poder aquisitivo, provenientes de famílias desestruturadas. Estudos com usuários de diversos serviços da capital paulista retrataram um perfil semelhante (Dunn & Laranjeira, 1999; Ferri, 1999). A mortalidade atingia uma porção considerável desses usuários, sendo os homicídios a causa mais frequente (Ribeiro et al, 2006).No início dos anos 2000, instituições ligadas à infância e a imprensa anunciaram uma provável redução do consumo em São Paulo, bem como da procura por atendimento na rede pública municipal (Dimenstein, 2000). Parecia que o problema do crack se reduziria, como se notava em países que investem em pesquisa e políticas públicas, como os Estados Unidos e a Inglaterra. O oposto aconteceu. Os dois levantamentos domiciliares (2001 e 2005) realizados pelo Centro de Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) mostraram que o consumo de crack quase dobrou (CEBRID, 2006). Os motivos dos usuários para o consumo também se alteraram: em meados dos anos noventa, “a busca por sensação de prazer” era a justificativa da maioria. No final da mesma década, porém, o consumo era estimulado pela compulsão, dependência ou como uma forma de lidar com problemas familiares e frustrações – o pensamento do usuário se reduzia ao consumo do crack, em detrimento do sono, comida, afeto e senso de responsabilidade (Nappo et al, 2001).Além disso, atingia usuários de todas as classes sociais, que consideravam os serviços de atendimento públicos insuficientes e inadequados para suas necessidades (Nappo et al, 2001) – dado coletado há mais de dez anos. Políticas públicas específicas para a substância e seus usuários nunca existiram, apesar de a demanda por tratamento ser a que mais aumentou entre as drogas ilícitas nos últimos anos. Desse modo, enquanto os agentes de saúde esperavam pelo desaparecimento espontâneo e milagroso desse grupo, novas facetas desse modo de consumo foram se mostrando: a associação entre o uso de crack e a infecção pelo HIV (Malta et al, 2008) e a violência contra e entre os usuários são apenas duas delas (Carvalho & Seibel, 2009). Os usuários de crack têm diferenças marcantes em relação aos de cocaína inalada, sendo mais comum entre os primeiros o consumo de outras drogas, bem como o envolvimento em contravenções (Guindalini et al, 2006). Quanto ao tempo de uso, ao contrário do que se supunha anteriormente, há um grupo de usuários que utiliza a o crack há mais dez anos de forma ininterrupta, apontando para uma provável adaptação do usuário à cultura do uso (Dias et al, 2008; Abeid-Ribeiro, 2010).Recentemente, um estudo qualitativo com usuários de crack (n=62) da cidade de São Paulo procurou atualizar o perfil desses usuários (Oliveira & Nappo, 2008). O perfil, masculino, jovem, com escolaridade e poder aquisitivo baixos, foi semelhante ao encontrado nos anos anteriores. Quase todos experimentaram uma grande quantidade de outras substâncias ao longo da vida – 14 foram citadas –, mas o crack permaneceu como a droga de escolha, ficando as demais como maneiras de lidar com os efeitos indesejados do consumo. Há um grande envolvimento desses usuários em atividades ilícitas, fomentado a princípio pela necessidade premente e constante da substância. O estudo também identificou um grupo minoritário de usuários que utilizavam o crack controladamente, ou seja, um consumo não-diário, conciliado as atividade cotidianas – família, emprego,... – e desprovido de atividades ilícitas, como furtos, roubos ou tráfico. Os usuários com essas características foram mais expostos a intervenções terapêuticas e possuíam anteriormente padrões compulsivos de uso e migraram para esse modo ao longo dos anos, motivados pelo receio das consequências negativas presentes e potenciais.Outro estudo acompanha há doze anos usuários de crack da cidade de São Paulo (n=131), que estiveram internados numa enfermaria de desintoxicação durante os anos iniciais da chegada da substância à cidade (1992 – 1994) (Ribeiro et al, 2007; Dias et al, 2008). Ao longo desse período, alguns achados relevantes foram encontrados e comparados com estudos semelhantes. Nos cinco primeiros anos, as taxas de mau prognóstico, tais como mortalidade (18%), prisão (12%) e desaparecimento (4%), atingiram mais de um terço dos usuários. Além disso, 10% estavam infectados pelo HIV, metade já havia cometido algum delito e um quinto fora detido ou condenado à prisão em vida (Ribeiro et al, 2007). Essa tendência a desfechos de alta gravidade foi maior nos primeiros anos – 92% das mortes aconteceram nos cinco primeiros anos. Por outro lado, o estudo observou uma tendência à abstinência entre os usuários, constituindo a condição mais comum entre os sobreviventes ao final de doze anos (Dias et al, 2008). Nesse mesmo período, a imensa maioria, incluindo os usuários, estava empregada de alguma forma, sendo os abstinentes aqueles que estavam melhor e formalmente empregados. A busca por apoio ao longo dessa década foi precária: poucos se trataram de modo constante, sendo a procura por internações para desintoxicação nas fases agudas de consumo o mais observado – ou seja, quem melhorou ou sobreviveu, salvo nos momentos de grande desorganização, caminhou por si próprio e com os apoios informais que conseguiu.O consumo de crack em São Paulo – e atualmente em boa parte dos Estados brasileiros – é uma realidade grave e perene que necessita de soluções específicas e com durabilidade semelhante. O perfil de seus consumidores, jovem, desempregado, com baixa escolaridade, baixo poder aquisitivo, proveniente de famílias desestruturadas, com antecedentes de uso de múltiplas drogas e comportamento sexual de risco (Duailibi et al, 2008; Oliveira & Nappo; 2008), dificulta adesão dos mesmos ao tratamento, com necessidade de abordagens mais intensivas e diversificadas. Outras dificuldades encontradas pelo usuário de cocaína e crack para a busca e adesão ao tratamento é o não reconhecimento do consumo como um problema, passando pelo status ilegal e a criminalidade relacionada a estas drogas, pela estigmatização e preconceitos, pela falta de acesso ou não aceitação dos tipos de serviços existentes (Duailibi et al, 2008). Dependência química é uma doença cerebral crônica e recidivante, na qual o uso continuado de substâncias psicoativas provoca mudanças na estrutura e no funcionamento desse órgão (Kalivas & Volkow, 2005). Por outro lado, as múltiplas necessidades psicossociais dos usuários de crack comprometem suas vidas com igual intensidade. Desse modo, há necessidade de modelos de atenção capazes de reduzir o custo social das drogas e que considerem sua natureza biológica e psicossocial. Todos os modos de atendimento que privilegiaram um em detrimento do outro mostraram-se ineficazes (Miller & Hester, 2003).É preciso diversificar as opções de atendimento, por meio da criação de equipamentos intermediários ao ambulatório e à internação, tais como moradias- assistidas e hospitais-dia (e noite). Além disso, é preciso integrar melhor a rede existente, incluindo um melhor entrosamento entre a rede pública e os grupos de auto-ajuda e as comunidades terapêuticas que souberam se modernizar e se adaptar às normas mínimas da Anvisa. Ações aparentemente simples, baratas e comprovadamente eficazes que poderão alterar positivamente o panorama de saúde pública relacionado a essa substância nos próximos anos.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

CNJ estuda ações para combater o crack!

Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estuda lançar campanha nacional contra o crack.


A ideia é produzir materiais gráficos, como cartilhas e audiovisuais (campanha publicitária em rádio e televisão) alertando para os prejuízos que a droga ilícita pode trazer para a saúde das pessoas e a vida social das comunidades, bem como informando cidadãos e agentes públicos sobre as formas de lidar com o problema, e o tratamento dos usuários. A iniciativa é da Corregedoria Nacional de Justiça, com apoio da Presidência do CNJ, em parceria com as Coordenadorias da Infância e da Juventude dos Tribunais dos estados...

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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quanto o crack é letal?

Estamos acabando de coletar dados do maior estudo feito no mundo. Não há nada tão longo. Pegamos os primeiros 130 usuários de crack internados em São Paulo, há 12 anos. Fizemos um acompanhamento depois de dois anos dessas internações. Em seguida, fizemos outro, cinco anos mais tarde. Agora estamos concluindo a análise desses usuários após 12 anos. A mortalidade é de quase 40% ao longo desse período. Nem leucemia mata tanto. A maioria dessas mortes é por causa da violência. Vimos que desse grupo ainda tem gente usando crack e que as famílias estão desgastadas. Notamos também que houve mais pacientes presos do que encaminhados para tratamento.

O crack e os seus malefícios para a sociedade!

Os fatos criminosos em todas as partes e em todos os lugares do país, as desagradáveis conseqüências na área policial, educacional, saúde, social e familiar e o degredo causado pelo crack, comprovam que essa droga trouxe malefícios sem precedências para a nossa sociedade.O crack mata os sonhos das pessoas, aniquila o futuro de tantas outras e aumenta a criminalidade em todo canto que se instala.
De poder sobrenatural, o crack sempre vicia a pessoa quando do seu primeiro experimento e o que vem depois é a tragédia certa. A partir de então a sua nova vítima está condenada a engrossar as fileiras de um gigantesco e crescente exército de dependentes químicos da droga que, em conseqüência passa também a matar e morrer pelo crack.O crack além de trazer a morte em vida do seu usuário, arruína a vida dos seus familiares e vai deixando rastros de lágrimas, sangue e crimes de toda espécie na sua trajetória maligna.
Faz parte da fórmula absurda do crack que nasceu da borra da cocaína, a amônia, o ácido sulfúrico, o querosene e a cal virgem, produtos altamente nocivos à saúde humana, que ao serem misturados e manipulados se transformam numa pasta endurecida de cor branca caramelizada, que passou a ser conhecida pelos mais entendidos, com toda razão, como sendo a pedra da morte.Como os efeitos excitantes do crack têm curta duração, o seu usuário faz dele uso com muita freqüência e a sua vida passa a ser somente em função da droga.Em virtude do dependente do crack pertencer em grande maioria à classe pobre ou média da nossa sociedade e assim não dispor de dinheiro para manter o seu vício, então passa ele a prostituir-se em troca da pedra ou de qualquer migalha em dinheiro, a se desfazer de todos os seus pertences e a cometer furtos em casa dos seus pais, dos seus parentes, dos seus amigos ou noutros lugares quaisquer, para daí logo passar a praticar assaltos, seqüestros e latrocínios, sem contar que também fica nas mãos dos traficantes para cometer homicídios ou demais crimes que lhes for acertado em troca do crack.
Assim, o usuário do crack vende seu corpo, sua alma, seus sonhos para viver em eterno pesadelo.Na trajetória inglória e desprezível do crack, o seu usuário encontra o desencanto, a dor, a violência, o crime, a cadeia, a desgraça ou o cemitério. O crack traz o ápice da insanidade humana. Alguns que se recuperaram do poder aniquilador do crack disseram que dele sentiram o gosto do inferno.Concluímos então que o perfil da sociedade se transformou e os problemas da segurança pública mudaram consideravelmente para pior a partir do advento do crack. Aumentaram-se todos os índices de crimes possíveis por conta do crack. Em decorrência do crack também passou a morrer precocemente uma imensidão incontável de pessoas, destarte para os jovens que mais se lançam neste lamaçal. Os seus usuários em grande maioria se transformam em pessoas violentas e, com armas em mãos são responsáveis por mortandade em suicídios, assassinatos dos seus familiares e amigos, homicídios pelo tráfico, para o tráfico ou ainda mortes relacionadas às pessoas inocentes em roubos, nos chamados crimes de latrocínios.É preciso que as políticas públicas contra o crack, além de promover bons projetos preventivos, repressivos e curativos, considerem os vários aspectos que envolvem os seus dependentes químicos e suas conseqüências, como a conscientização da população voltada para o drama pessoal vivido pelos mesmos e por aqueles que o cercam, as dificuldades de bem vigiar todas as fronteiras como melhor forma de prevenção de evitar a entrada da sua pasta base, as carências das entidades assistenciais e de saúde, assim como da necessidade de recursos para os aparatos policiais, destarte, para a valoração profissional dos seus membros no sentido de melhor combater o trafico, o traficante e o chamado crime organizado que é a fonte de alimentação da droga.Evidente é que o crack é caso de Polícia, mas é também problema de todos nós e, na medida em que por sua culpa são gerados tantos crimes e disfunções sociais, cresce ainda mais a responsabilidade da própria sociedade e do poder público, principalmente para ser tratado em larga escala como caso de saúde pública.Archimedes Marques - Delegado de Policia. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de Sergipe.

Crack: Ministério da Saúde mapeará usuários em 3 cidades!

Diante do avanço do crack nas cidades brasileiras, o Ministério da Saúde vai financiar uma pesquisa inédita para mapear o perfil dos usuários dessa droga no Rio de Janeiro, em Macaé e em Salvador.Conforme o Globo mostrou domingo, crescem na capital os casos de abandono de crianças e adolescentes por pais usuários de crack .O estudo do Ministério da Saúde - que deve ser concluído até o início de 2011 - pretende avaliar o tratamento dos usuários, além de promover a reinserção social e a redução de danos causados pela droga.Segundo o ministério, foram escolhidas para a pesquisa duas grandes cidades, Rio e Salvador, em que universidades locais (UFRJ e UFBA) já tivessem domínio do assunto.Para que a amostragem abrangesse uma cidade de médio porte, foi selecionada ainda Macaé, onde a UFRJ já desenvolve esse tipo de estudo.A pesquisa será dividida em seis partes, coletando informações sobre moradia, idade, sexo e comportamentos de riscos para HIV e hepatite - já que muitos dependentes se prostituem em troca da droga ou de dinheiro.Também será feito o diagnóstico dos serviços públicos na área social e de saúde.
Fonte:Blog do Noblat/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)